Vacinação anti SARS CoV2 – Informação e Recomendações
28-02-2021
Os doentes com neoplasias hematológicas têm uma imunidade diminuída e por isso são mais suscetíveis a infeções. Têm também um risco aumentado de infeção grave a SARS CoV2. Por isso devem ser vacinados. As vacinas aprovadas até agora pela União Europeia e disponíveis em Portugal não foram testadas em doentes com cancro mas não constituem risco para imunodeprimidos. As únicas contraindicações para a vacina são semelhantes às da população geral – alergias graves. Os doentes a fazer tratamentos de quimioterapia, imunoquimioterapia (com anticorpos anti CD20) e outros tratamentos contra o cancro têm uma capacidade provavelmente menos boa de responder à vacina. Contudo, na situação pandémica atual e dada a gravidade da infeção a SARS CoV2, a vacina está recomendada. Deve ser administrada entre 2 ciclos de quimioterapia. Também os doentes sob radioterapia devem ser vacinados. Se for possível planear a vacinação antes do inicio dos tratamentos, esta deve ser administrada 2 a 4 semanas antes daqueles. Nalgumas circunstancias particulares (ex transplante recente ou tratamento com células CAR T) há recomendações específicas quanto ao melhor momento para vacinar, publicadas por entidades como o European Blood and Marrow Transplantation (EBMT). A vacina não deve em nenhum caso substituir/modificar as recomendações de prevenção da infeção (distanciamento social, uso de mascara, higiene das mãos) – ou seja, os doentes têm de continuar a tomar estas precauções. Os profissionais de saúde e familiares dos doentes imunocomprometidos devem ser vacinados, para reduzir a probabilidade de transmissão da doença aos doentes com cancro. Também devem manter todas as precauções de prevenção da infeção, mesmo depois da vacina.
Para mais informações acerca da vacina pode consultar as recomendações da Direção Geral de Saúde disponíveis no site https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/